A aprendizagem significativa adquire e armazena ideias
Conforme Pelizzari (2002),
na década de 60, David Paul Ausubel, psicólogo norte-americano, formulou a
teoria da aprendizagem significativa, diferenciando-a da aprendizagem mecânica,
fornecendo orientações e instruções úteis ao ato de ensinar e à compreensão da
aprendizagem, a partir de uma nova visão.
Ausubel (apud MOREIRA, 1997, p.1), “A aprendizagem significativa é o mecanismo
humano, por excelência, para adquirir e armazenar a vasta quantidade de ideias
e informações representadas em qualquer campo de conhecimento”. Para que o
mecanismo seja acionado, é preciso que o aprendiz já possua algum conhecimento
prévio, ou seja, já deve existir uma estrutura cognitiva em
funcionamento.
A aprendizagem pode ser considerada significativa quando novos conhecimentos
(conceitos, ideias, proposições, modelos, fórmulas) passam a significar algo
para o aprendiz, quando ele é capaz de explicar com suas próprias palavras e
quando é capaz de resolver problemas novos.
Para que a aprendizagem significativa ocorra é necessária a existência de três
fatores, que são a existência de material na estrutura cognitiva do sujeito, a
predisposição para aprender, e o esforço decidido para aprender, no sentido
cognitivo e afetivo.
Moreira (2003, p.2), explica: “Essa aprendizagem se caracteriza pela interação
entre os novos conhecimentos e aqueles especificamente relevantes já existentes
na estrutura cognitiva do sujeito que aprende, os quais constituem, segundo
Ausubel e Novak (1980), o mais importante fator para a transformação dos
significados lógicos, potencialmente significativos, dos materiais de
aprendizagem em significados psicológicos”.
É importante ressaltar que a teoria de Ausubel é uma teoria de aprendizagem em
sala de aula. Portanto, sua teoria fornece subsídios e favorece a compreensão
das estratégias que o professor pode selecionar ou construir para efetivamente
ensinar. No entanto, a responsabilidade pela aquisição de conhecimentos não
depende apenas do professor. Ao contrário, depende muito do aluno. Enquanto o
papel do professor é ser o facilitador do processo, o do aluno é decidir se
quer aprender significativamente ou não.
Se o material de estudo não tem significado para o aprendiz, se não tem uma
relação com a estrutura cognitiva, a aprendizagem será mecânica. Moreira (2003)
diz que para Ausubel, a linguagem é o processo que permite a interação social
entre os sujeitos, por isso ela é um fator importante na aprendizagem. Da mesma
forma, a afetividade é outro fator relevante, sendo necessário que o aprendiz
esteja predisposto a incorporar o novo material à sua estrutura
cognitiva.
Moreira (2003, p.13), afirma que uma das condições para que ocorra a
aprendizagem significativa é a predisposição para aprender e há entre a
condição e a predisposição uma relação circular, pois a aprendizagem já
ocorrida e internalizada, produz um interesse em aprender, ou uma predisposição
que é transformada em atitudes e sentimentos positivos que facilitam a
aprendizagem.
Aprendizagem significativa é uma expressão muito usada em educação nos dias
atuais. Vale ressaltar que, no entanto, isso não significa que o discurso
representa um conhecimento teórico do termo e da teoria criada e construída por
Ausubel.
Moreira (2003, p.17), acredita que a teoria de Ausubel “é a que mais oferece,
explicitamente, diretrizes instrucionais, princípios e estratégias que se pode
vislumbrar mais facilmente como por em prática, que estão mais perto da sala de
aula”. O resultado é uma metodologia facilitadora da aprendizagem.
A partir das ideias de Ausubel, Novak desenvolve a noção de mapas conceituais.
Moreira explica que os mapas conceituais não são autoexplicativos. Quem o faz é
quem o explica. Os conceitos mais relevantes ficam nos retângulos. O conceito-chave
deve aparecer em destaque. As linhas simbolizam as relações entre os conceitos.
As palavras escritas sobre as linhas devem dar a ideia de proposições que
expressam as relações entre os conceitos.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário